terça-feira, 26 de maio de 2009

Nações Indígenas- Pankararu





fonte:http://oglobo.globo.com/fotos/2007/08/05/05_MHG_xingu.jpg





FONTE:http://www.cedefes.org.br/new/index.php?conteudo=materias/index&secao=1&tema=57&materia=1775

Nome do povo:Pankararu;
População minei
ra:17 indivíduos;
Aldeias:Apukaré-município de Coronel Murta(Valedo Jequitinhonha);
Terras:68 hectares;

Situação fundiária:área doada pela Diocese de Araçuaí;
Tronco linguístico:Ma
cro-Jê;
Distância a partir de BH:656km.


O SISTEMA RITUAL DO TORÉ

Os elementos constituintes do sistema ritual do Toré Pankararu estão divididos entre:
A)personagens:os Encantados, os Praiá, os pais de Praiá e os dançadores;
B)situações rituais: o particular e o Toré público, que podem assumir o caráter de simples demonstrações teatrais, como expressão folclórica, ou serem dedicados ao culto dos Encantados, ligados ou não ao pagamento de promessas;
C)locais:as cachoeiras, serrotes casas e terreiros.

ORGANIZAÇÃO SOCIAL

Os Pankararu se distribuem basicamente segundo duas classificações, os troncos e as aldeias, ambas relacionadas à organização das famílias, históricas no caso da primeira e especial no caso da segunda. A classificação dos grupos de famílias em status diferentes, através da sua ligação a "troncos" familiares que se dividem entre os "antigos" e os "recentes" não corresponde a qualquer produção de segmentações, classe ou linhagens, já que ela opera uma dicotomia básica entre aqueles que descendem de índios "puros" e aqueles que descendem de índios "misturados ou raiados", em referência a uma forma de organização que é mais histórica que estrutural . Por isso, essa distinção não chega nem a pôr em risco a identidade indígena dessas famílias de troncos mais novos, já que participam plenamente da repartição da terra, dos rituais e da organização política, nem a criar uma forma de organização da sociedade que tenha repercussão sobre as relações cotidianas ou de parentesco, ficando seu uso relacionado à (des)classificação de alguém ou de algum grupo familiar em ocasiões de oposição especialmente acirrada. A própria distinção entre as famílias de cada tronco não é muito clara e surge como mais um objeto de disputas.

Abaixo dos "troncos" está a família, que é a classificação social que funciona cotidianamente, definindo aqueles a quem se pede ajuda, a quem se acompanha nas definições políticas, com quem se planta, perto de quem se mora, e com quem se compartilha a comida e o trabalho da "farinhada". Sua organização está diretamente ligada a disposição espacial das casas, que se distribuem segundo dois tipos: ou agrupadas lado a lado, em linha reta ao longo das principais vias de acesso internas à área, ou em grupo de casas de uma mesma família, cuja disposição tende à forma circular, com o foco gravitacional na casa do patriarca.

Os agrupamentos do primeiro tipo estão bem delimitados geograficamente: localizam-se ao longo da estrada que vai da entrada da área indígena até o sopé da serra. Onde se dividem, um por um lado para o posto indígena e por outro para o "terreiro do nascente", passando por todo conjunto de prédios públicos do Brejo, como o "centro de produção artesanal", a igreja e o cemitério, a casa de farinha coletiva, o clube, as pequenas "biroscas", as duas escolas, a farmácia, a merendeira e as caixas d´água.


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